Aos vinte e um ficou sabendo que sofria de uma doença degenerativa, progressiva, incurável e com potencial incapacitante.
Formou-se em economia na USP, história na PUC, se casou, adotou um filho e resolveu dar uma virada na própria vida ao ingressar na concorridíssima Escola de Arte Dramática EAD-ECA-USP.
Transformou-se no palhaço Comendador Nelson. Atuou por quatro anos nos Doutores da Alegria; fez parte, por dez anos, do elenco de palhaços-improvisadores do consagrado espetáculo Jogando no Quintal e criou o pioneiro projeto Fantásticos Frenéticos - palhaços em hospitais psiquiátricos onde atuou por três anos.
O espetáculo narra, sempre com muito bom humor, a trajetória do autor/interprete, que conta como aprendeu a conviver com as limitações impostas por uma doença degenerativa, progressiva, incurável e com potencial incapacitante. O ator mescla um relato engraçado, humano e comovente sobre como podemos transformar dificuldades, limites e crises em alegrias, desafios e realizações com diversas reflexões sobre a vida, a morte, nosso lugar no universo e nossa relação com a alteridade. "Se fosse fácil não teria graça" nos faz rir e chorar ao mesmo tempo e nos convida a uma série de reflexões sobre nosso modo de estar no mundo.